O medo enche meu coração até entornar.
Eu poderia te deixar?
As vezes sinto que não sou capaz.
Dói demais pensar quer talvez não seja possível suportar a ideia de uma vida sem você.
Estamos ligados, não há como negar. Apenas corte os pontos, desconecte. Me deixe viver ao menos uma vez para que assim eu saiba qual é a sensação.

Ouro Preto







A escola com que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir: O que aprendi com a escola da Ponte.

A ESCOLA DA PONTE SERVE DE INSPIRAÇÃO PARA QUALQUER EDUCADOR QUE SONHA.


Sonha em ter uma escola sem muros e grades, sonha em saber respeitar os educandos, sonha em ensinar aos educandos o valor do senso crítico, sonha com uma escola em que seja possível a convivência harmoniosa. Sonha que os “problemas” possam ser encarados como desafios a serem superados. A escola da ponte nos mostra que possível fazer diferente e que não necessariamente precisamos seguir modelos prontos, ineficazes e acabados, mas construir progressivamente os saberes necessários, cada um à sua forma respeitando as suas necessidades. Isso é indispensável para formar seres humanos (na totalidade da palavra ser humano). Ser solidário, ser compreensível, ser dialógico, valorizar o próximo, saber viver em comunidade, ser bondoso.

A escola da ponte nos ensina muito sobre a questionar a nossa prática, problematizar a nossa rotina e a partir de então, refletir criticamente sobre tais atos viciosos que não cumprem o papel que a educação deveria fazer. A escola pode exercer com excelência o papel que desejar. Se hoje temos um sistema que massifica, ignora e não procura saber como tratar as diversidades cabe a mim, futura educadora e aos meus colegas, reafirmar o poder de transformação que temos em nossas mãos e que os pequenos vão saber usar muito bem. Mas isso, depende unicamente de nós. Se não tivermos a esperança nos nossos corações e prática de nossas utopias, jamais faremos a mudança que queremos ver.

A escola da ponte nos ensina que ensinar e aprender não é transferir conhecimentos, informações. Nos ensina que quem deve ser o centro da educação são os educandos e não os educadores. Até quando seremos meros professores bancários? Até quando vamos fingir que o nosso sistema de educação funciona perfeitamente? O que sabemos sobre autonomia se nunca tivemos a nossa própria?

Não quero ser apenas uma transmissora de informações. Já temos a TV, a internet. Não quero que ninguém mais passe por essa escola que ensina o educando a não pensar, a não refletir, a não sonhar, a não se interessar pelo desconhecido. Não quero que essa seja a realidade das nossas crianças. Quero aprender sobre autonomia para poder ensiná-las o quanto isso é importante. Não quero oprimi-los, quero liberta-los para que assim possam promover de fato uma mudança, um mundo melhor. É esse o legado que eu quero deixar como educadora.

Rubem Alves tocou muitos corações com a sinceridade em que ele escreve e descreve a ponte naquelas crônicas. A escola da ponte, na verdade não é mais um sonho. É uma realidade concreta. Não quero apenas sonhar com um modelo sensacional e eficaz de escola, quero realizar, concretizar.

José Pacheco é um dos tantos exemplos a serem seguidos. Um educador que se preocupou com o que realmente precisamos. Viver na comunidade é aprender. Se você aprende na comunidade, pode mudar a comunidade para melhor. Disso nunca vou me esquecer. No mais, temos uma grande responsabilidade nas mãos: ensinar, transformar construir, planejar, executar, avaliar com alegria e esperança, aprendendo sempre com os erros para fazer ajustes futuros. A educação é constantemente transformada e ela não tem fim. Portanto, temos de ter a convicção de que a mudança é possível.

ALVES, Rubem. A escola com que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir. 7 ed. Campinas, SP: Editora Papirus, 2001. 120 p. 
Se ao menos eu pudesse transformar minha dor em belos versos, poderia nos transformar em algo bonito.



Espero que ele esteja bem, desejo que não tenha derramado uma lágrima se quer.
É fácil lembrar do que aconteceu, sem sentir o mínimo de culpa, não é?
Será que ele tem sonhos? Provavelmente pesadelos.
Ela se lembra todas as noites, todos os dias. Sempre que está sozinha, ela se vê carregando uma culpa que não a pertence de fato. De madrugada, quando consegue dormir, sempre sonha com coisas aleatórias, que um dia os dois poderiam ter tido juntos. Um mergulho no rio. Um passeio. Uma noite selvagem.
Tudo isso está marcado nela. Todos os planos foram despedaçados. A rejeição, o abandono, a dor do esquecimento. A ignorância sempre foi a melhor qualidade dele.
Ele nunca saberia cuidar dela. Ele  não quis cuidar nem dele mesmo. 
Ninguém nunca foi tão frio e cruel com ela. Nunca a fizeram se sentir assim, desperdiçada. 
Seria fácil pra ela ter dito não, mas ela preferiu que ele partisse seu coração.







Layout base por Julie Duarte ♥ Modificado por Segredo Feminino e Customizado por Bianca Oliva @Credito da Ilustração Ri Lora